XX — ohana [RP ABERTA]
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XX — ohana [RP ABERTA]
Local: Floresta Tunari, Bucareste, Romênia
Horário: Quinta-feira, 24 de dezembro, 20h07m
Clima: Nevoeiro, 6°C
Com: Famílias Antonescu e Flannagáin
Descrição: A família Antonescu montava suas tendas numa clareira remota nos confins da Floresta Tunari, como em todas as festividades de fim de ano. O dia era 24, mas as festividades haviam começado antes mesmo, no dia anterior, quando as mulheres começavam a preparar os pestins e uma música animada era posta para tocar em instrumentos mágicos, que não cessaria por dias a fio. O clima era gélido e nublado, mas um feitiço afastava a neve e mantinha a clareira aquecida, e luzes flutuantes iluminavam o local não importava o quão fechado estavam os céus. As decorações natalinas não podiam faltam, assim como um grande pinheiro enfeitado com luzinhas mágicas, pinhos secos e flores da selva. Ao seu pé, diversas oferendas e presentes coloridos, como forma de agradecimento e amor aos entes queridos e aos deuses e entidades.
Ao meio da clareira uma fogueira crepitava baixinho, e próximo a ela um enorme banquete posto sobre um extenso tecido branco de cetim junto à grama baixa, como seguia a tradição; pestins, bacalhau cozido com batatas e couve, cestas e mais cestas de frutas suculentas e coloridas, feijoada, guisados de carne, cabrito assado, saladas, grãos cozidos com massa, manjares e pudins, sucos de frutas, vinhos e licores e tudo mais que poderia se imaginar eram dispostos por toda a toalha, e o aroma de erva doce e canela convidava os bruxos a se sentarem e se servirem com muita fartura e abundância.
Depois dos infortúnios que assolaram o mundo bruxo, era importante que nos uníssemos para comemorar a vida daqueles que estão entre nós, honrar a memória daqueles que se foram, agradecer por cada oportunidade que o universo nos dá e desejar que o próximo ano seja mais iluminado.
Crăciun Fericit! Feliz natal!
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
Crăciun. O único dia do ano que eu gostava de fazer mais do que só me enfiar numa camiseta larga e calças escuras e comer macarrão instantâneo na janta.
Parecia que todo, e eu digo todo, o clima era contagiante a níveis supra universais. A música que fazia quadris mexerem, o vinho quente que fazia risadas explodirem do peito, a comida tão suculenta quanto encontrar três galeões no bolso de um desavisado. A época de natal, pelo menos na minha família, era tão extasiante quanto um bem bolado de lavanda e erva doce.
Rumava de um lado para o outro pelo acampamento, carregando travessas de comida e jarras de bebida, cumprimentando um ou outro familiar pelo caminho — Crăciun fericit... Crăciun fericit, bunica! Te iubesc — cumprimentei vovó com um beijo em cada lado da face, antes de me enfiar numa das tendas para respirar um pouco. Tia Mihaela queria que eu ajudasse no banquete, mas tia Mihaela também não me deixava tirar um tasquinho daquele cabrito assado ludibriante. Era até cruel, nem um mísero pedacinho, pelo menos não até a meia noite, quando seria permitido comer carne. Choraminguei, já conseguindo sentir a carne desmanchando na minha boca junto ao molho agridoce, mas se eu tentasse comê-lo antes da hora, ficaria sem língua para degustar mais nada na minha vida. E eu ainda tinha muitos planos pra minha língua.
Avistei Kevin pela fresta da tenda e avancei sem pensar duas vezes, o agarrando pelo punho e andando à sua sombra, tentando me esconder — Por favor, me ajuda... — sussurrei o mais próximo do seu ouvido que conseguia, e o encarei séria antes de me desmanchar num sorriso — ... o cabrito assado me chama. — baguncei os cabelos dele e parei para observá-lo por instantes, sentindo meu coração ficar quentinho de orgulho — Bonitão assim pra quem, hein? Quem é cel norocos? — apertei a pontinha do seu nariz e sorri novamente; estava feliz. Me sentia livre dentro das várias camadas de tecido delicado que caíam pelas minhas curvas. E mesmo com os brincos de penduricalhos e pulseiras tilintantes em meus pulsos, me sentia menos pesada do que no meu dia a dia comum, com toda a pressão dos treinos e coletivas de imprensa.
Uma brisa gélida me acariciou o rosto, balançando minhas madeixas onduladas e me trazendo de volta ao momento. Silenciosamente agradeci à mãe natureza e corri os olhos pelo acampamento, puxando Kevin com uma mão enquanto segurava a saia com a outra. Não adiantava manter uma mão livre; minha família se prezava o suficiente para conhecer os parentes que têm, não encontraria um bolso recheado sequer naquela noite. Por um segundo fiquei deprimida com o pensamento — Vem, vamos procurar Ginny e Brian.
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
Abraços e sorrisos em meio a cantorias e danças, os Antonescus sabiam bem festejar, fosse qual fosse a situação e por isso praticamente passou o dia procurando pelos primos mas a única que avistou fora Ginny - embora logo ela tenha sido laçada pelo tio Cornel para dançar Hora com outros parentes. Era difícil resistir ou conseguir tirar a mesma dali e quando menos esperava, sentiu o punho ser agarrado por dedos que poderiam parecer pequenas garras de Leprechaun embora um sorriso gazeteiro pairava nos lábios do jovem que tinha a altura perfeita para esconder uma miliante faminta que sussurrava em seu ouvido sobre o cabrito e imediatamente sentiu a boca salivar. Se o cheiro estava gostoso, sabia exatamente que o gosto estaria no mínimo dez vezes melhor. Agora estou com o estômago roncando. Se estiver disposta a perder a língua, perderei meus dedos para roubar um teco daquele assado. Sussurrou em resposta ao parar de frente para a morena, observando aquele sorriso e olhar que conhecia tão bem e refletiam o que exibia para ela: orgulho.
Eles estavam em casa, a brisa fazia questão de afagar o rosto dos dois como o pai-céu afagando o rosto do filho recém-chegado e isso o fez assentir ao receber o convite de procurar pelos primos embora ainda precisasse se ajeitar para os festejos. Ah, a Ginny está dançando, tio Cornel a achou primeiro e você sabe como os Flanngáin e os Antonescus não resistem a kankaal le jaen. Disse misturando o inglês com o Hindi como geralmente faziam. Inglês, Romeno e Hindi eram três línguas que se misturavam quando paravam para conversar mas o olhar logo observou levemente distante os cabelos loiros que reconheceria a distância. Brian está ali, L… Ofegou levemente apertando suavemente a mão da menor.
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
BALAI DE GATO! FESTA EM FAMÍLIA Existem pessoas completamente desapegadas, desatadas a qualquer laço ou necessidade de estar com a família; não sou esse tipo. Uma das coisas mais difíceis que tive que fazer na vida foi erguer o rosto e dizer não para meu pai e sair de casa para morar só; o peso da frase em si denuncia de imediato um dos meus maiores medos: Estar só. Minha infância foi cercada por primos e quando eles não estavam Ginny sempre estava. Eu nunca estive só. Nesse meio eu desenvolvi certa dependência de estar perto deles, mesmo que não junto, mas “perto”. O simples fato de estar na mesma cidade já me proporciona certo alívio, certa segurança e há uns anos que não me sinto assim. Eu sempre amei o mês de dezembro por isso! Natal, ano novo e se existe nessa terra uma família que sabe festejar, essa família é a minha! A energia contagiante e os ritmos calientes dos Antonescus combinada com alegria natural dos Flannagáins é receita certa de festa boa. Eu garanto. Anos difíceis vieram e perdemos um pouco o contato, mas esse ano - mesmo após todos os acontecimentos - decidimos nos reunir. Celebrar a vida! Agradecer pelo que foi e pelo que ainda virá; realizar oferendas aos deuses velhos e aos novos para que nossos caminhos possam ser menos turbulentos nesse ano que vai se iniciar. Uma típica festa de nossa família e eu não poderia estar mais empolgado com isso. Reencontrar Lya (Soup), Kevin e até mesmo minha própria irmã - que não vejo desde o “dia em que saí de casa” (Zezé de Bruxardo e Feitiano). Estar no mesmo lugar que todas as minhas pessoas preferidas, com minhas comidas preferidas e ainda ter a chance de exibir meus talentos, me deixou eufórico durante cada segundo que me separava desse momento. Antes mesmo de chegar no centro da festa já consigo ouvir os ritmos dançantes ecoando pela mata e o cheiro do cabrito assado da tia Mihaela já se espalhou pelo ar. Prevejo uma cigana sofrendo. Penso já sorrindo e agitando a cabeça negativamente enquanto me dirijo para o local da festa. Toda a decoração está perfeita e o “pisca-pisca” baila de um vermelho para um branco, do branco para um amarelo em uma velocidade que não consigo acompanhar com os olhos. A temperatura está agradável e engana qualquer um que pensar esquecer - mesmo que seja por um segundo - o quão frio está a noite fora do feitiço de proteção lançado sobre o local, que garante uma temperatura gostosa de um dia ensolarado com brisas frescas. Que saudade de casa... Parece a primeira vez que me reúno com eles; estou estupefato de uma forma tão absurda que parece que os encontros do passado nunca existiram. As tendas, a árvore repleta de enfeites e presentes espalhados ao redor de seu tronco; tudo me traz de volta memórias da infância. “Thony! Como cresceu!”, “Você está um gato! Dá cá um abraço na tia”, “Seu pai me disse que você saiu de casa; cria juízo ruivo!” Foi o que eu ouvi ao chegar no local enquanto sorria e abraçava cada um deles. Driblei alguns comentários com o melhor sorriso que tenho e um aceno com uma contingência meio despojada, tentando me afastar deles o mais rápido possível e foi quando avistei uma cabeleira escura e volumosa arrastando um outro rapaz por entre a multidão; Lya… Kev. Apressei meus passos, esquivando-me de alguns corpos que me separavam deles e a envolvi pela cintura erguendo-a em um abraço apertado enquanto a giro pelo ar. — Você não sabe como estou feliz em ver vocês! — a deixo no chão após confidenciar minha saudade e desvio os olhos para o outro ao lado dela; sorrindo me aproximo e o abraço sem dizer nada, pelo menos nos primeiros segundos, pois após estar com ele por entre meus braços alguns segundos sussurrei. — Kev. — |
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
01 – In the moment we are lost and found
Fim de ano era uma época conturbada. Faziam anos desde que ela voltara a sua família, desde que chegara a solo irlandês pela primeira vez. Ela lutara para aprender todos os costumes, religiosos e da alta sociedade, outras pessoas talvez falhassem, mas não ela. Guinevere era uma teimosa, e a família Flannagáin apesar dos altos padrões era nada se não unida. Uma união mais que bela e sim mágica e profunda. Fora um choque quando Thony saíra de casa em meio uma briga, ainda maior quando ele não viera acender sua tora de Yule.
Ajeitando o vestido ao entrar no carro ela pensava como por mais dolorosa que fosse a feição entristecida do pai, talvez fosse a solução deste perâmbulo. Tanto o atual monarca como o futuro pareciam esquecer-se que o enorme peso que o primogênito carregara fora anormalmente pesado pois estava sozinho, nessa missão, afinal nos filhos do Deus e da Deusa nunca ninguém estivera verdadeiramente só – Para a floresta de Tunari – ela pediu. Felizmente hoje ela só tivera que atender a um jantar. Escrevia uma mensagem a Nyviah enquanto as arvores passavam velozes por sua janela, aquela desnaturada estava noiva e embora ela já até conhecesse as manias do futuro marido da amiga jamais o vira.
Trocando as sandálias de salto, por botas, e soltando os cabelos ela adentrou na floresta, com a neve rodopiando no ar invernal, os flocos tocavam-lhe a pela, trazendo a frieza bem-vinda juntamente a cheiro de terra molhada, indicando a decomposição do ontem que alimentaria o novo hoje, a passos lentos ela aproximou-se do acampamento, ouvindo o riso, sentindo os cheiros de especiarias e o calor da fogueira e da felicidade das pessoas. Era uma visão única e privilegiada. Embora parecesse contrastante a autenticidade e desapego dos romani a frente e as vestes refinadas dela, eram parte integrante, pulsante e cativante de sua família, um dos pouquissimos clã da mais antiga magia, seu sorriso descongelou e quebrou a formalidade, a medida que ela aproximava-se a passos largos do calor.
Os milhares de sons misturavam-se as dezenas de vozes, quicá centenas, ao cumprimentarem-lhe, patés e caldos lhe eram oferecidos com promessas de carnes temperadas a meia-noite. Ela cumprimentava e ouvi histórias e causos quando alguém lhe puxou para a pista de dança improvisada. Tio Cornel, um dos muito maravilhosos dançarinos dos Antonescu, ela dançou, como jamais dançaria em um dos bailes refinados que costumava ir, riu, provou vinhos e especiarias, entre muitas cabeças acastanhadas procurava outra acobreada como a sua, Thony. Ele prometera que estaria ali. Aquele que era o equilíbrio da natureza a sua natureza calma e risonha, a sua dualidade complexa de princesa e pessoa irriquieta. Soph lhe acenara de longe e sumira.
A medida seu rosto rosará do esforço, seus cabelos caíam-lhe ao rosto entre risadas ela se afastou para tomar uma das muitas bebidas sobre a mesa, quando viu. Thony! Lá estavam todos juntos, Soph, Kev e Thony, seus passos a levaram até eles. - Vocês são péssimos! - comentou em sorrisos – Vocês dois! - disse apontando a Soph e Kev – Viram-me sofrendo com minha inabilidade para dançar a a kankaal le jaen, e sequer me fizeram companhia! - ela não conseguia invocar sua austeridade tamanha era sua felicidade de vê-los, com um rápido e caloroso movimento ela envolvera Sophie apertara-lhe contra o peito, que agora tornara-se ligeiramente mais quente com a presença dos mesmos. Seguiu para abraçar Kev, era uma relação curiosa a deles. Por algum tempo eles pareceram odiar-se, para passarem para promissores prometidos, para então tornarem-se amigos confidentes, qualquer fosse a ordem, era bom contar com o rapaz, por mais desajeitado que ele fosse para relações humanas.
E por fim seu olhos voltaram-se para o rosto apreensivo e saudoso do irmão. - Níl a fhios ag na hÉireannaigh cad atá uathu ach tá siad sásta troid chun báis chun é a fháil – ela lhe disse baixinho em irlandês, cuja sua pronúncia agora era quase tão boa quanto a de Thony. Ele lhe ensinara esse mesmo ditado irlandês, quando ela lutava para sobreviver a aprender a história de sua família, a magia antiga, sua religião, os costumes da alta classe, os nomes de todos, os nomes nobres importantes e qual garfo usar. Era algo como “Nós podemos não saber o que queremos mas estamos dispostos a morrer por isso”. Ela sabia que Thony sofria tanto quanto a família sofria por ter saído do castelo para tornar seu sonho uma realidade. E que ele talvez estivesse necessidade de aprovação. Sorrindo ela lhe abraçou. - Também sinto sua falta. - disse ao mais velho.
Sorrindo para os demais ela tentou eliminar o clima pesado. - Qual o plano maligno da vez? - ela perguntou olhando cada uma das carinhas dos três.
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
Lúthien sorriu para Brianna enquanto as duas saíam do carro de mãos entrelaçadas. Ben, irmão da namorada de Luth e grande amigo da mesma foi arranjar algum local para por o carro antes de seguir com as duas. Era o primeiro natal das delas juntas e seria vivido da forma mais especial possível, junto de duas famílias amigas, cujas histórias eram tão mágicas quando o próprio clima natalino. A Lovegood passou os dedos finos por suas vestes azuladas, arrumando-as antes de caminhar para os confins profundos da floresta. Olhando a neve cair por seus cabelos e rosto como um véu, ela sentiu como se a natureza estivesse proclamando-as noivas do inverno. As árvores da floresta eram tão acolhedoras quanto às de sua casa, mesmo ambas sendo muito distantes uma da outra. A busca para a clareira foi envolta em leves risadas (as duas não podiam evitar, após escorregar em alguns locais, ou simplesmente a felicidade simples e fácil em meio ao frio). E o som de suas risadas atraiu Ben, que estava acenando para as duas ao longe. Em meio a isso, as reflexões sobre o ano eram muitas: fora algo irrespirável, cujos aprendizados chegaram mais fortes que o firmamento nas costas de Atlas, mas de alguma forma as duas estavam ali, juntas. Vislumbrando, enfim, a clareira em toda a sua claridade, quentura, sons e vida, os três seguiam encantados.
- É irridescente. – Lúth afirmou com os olhos mais brilhantes que um agrupamento de vaga-lumes vigiando as estrelas.
Após cumprimentarem um número gigantesco de pessoas gentis, lindas e animadas, sentirem o doce cheiro da comida (oh, céus, aquilo era um licor de cereja? Os preferidos dela) e os ossos se aquecerem tanto pela hospitalidade quanto pelo tempo modificado, Luth arrastou Bri para conversar com Soph, Ginny e dois rapazes (vagamente o nome Kevin e Brian vibrava na mente dela, eles eram legais e simpáticos e pareciam assim no momento).
- Hallou. Crácium fericit, huh....? – Ela arregalou os olhos como uma coruja, olhando pra namorada e amigo como se as dois tivessem a língua romena na ponta da língua. – Feliz natal, docinhos de abóbora. Faz tanto tempo. - Sorriu, suave, dando um abraço em Soph e acenando timidamente para os outros antes de abraçá-los.
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
Merry Christmas
Aberta | usandoPassou sua mão pelo cabelo de Lúthien lhe dando um beijinho na testa em seguida, fechou os olhos por um segundo, sentindo o cheiro característico dos cabelos dela. Flores de Laranjeira. Aroma esse que agora toda vez que ela sentia a acalmava. Então se afastou, já podendo ver Ben voltando com o Gingerbread no colo. – Eu juro que se ele fugir... – Mas Ben não deixou ela terminar a frase afirmando que ia dar tudo certo. Brianna queria deixar o bichinho em casa junto com os pais, onde ele estaria seguro e em seu ambiente familiar, mas claro que seu irmão insistiu até que ela deixasse.
Embora Brianna conhecesse os Antonescu e Flannagáin, nunca realmente teve um convívio com eles, e embora ela estivesse feliz de poder estar ali junto de sua namorada, comemorando o primeiro natal das duas, a Malfoy ainda se sentia um tanto nervosa por não saber o que esperar daquela noite. E os eventos anteriores também não eram reconfortantes.
Deu uma última ajeitada em seu vestido vermelho, e por fim foram floresta adentro até chegarem à clareira onde era a festa, onde foram abraçados pelo ar quente tão desejado daquele dia de inverno. A música anima enchia seus ouvidos, assim como a energia boa do lugar e as pessoas conversando e dançando a deixava mais animada. – Realmente está tudo lindo. – Disse olhando a bela decoração do lugar. Se deixou ser arrastada por Lúthien para cumprimentar as pessoas, e não pode deixar de olhar surpresa para a namorada ao perceber que a mesma falava a língua romena. Brianna sabia algumas línguas, ainda mais por conta de seu trabalho, como Francês, Alemão e Espanhol, além do inglês, mas era principalmente por conta de seu trabalho, mas nunca realmente parou para aprender nenhuma língua além dessas. – Feliz natal! – Disse animada, cumprimentando cada um deles também, antes de voltar ao lado de Lúth.
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
Assim que todos saíram, viu-se praticamente sozinho na floresta, então apenas acenou com a varinha e ajeitou um pequeno anexo que coubesse o felino por dentro do suéter que Nich havia lhe presenteado, e maravilhado, passou a admirar seu entorno, o cheiro de especiarias e de conforto o fazendo estranhamente querer dançar ao som que acabou seguindo até chegar à clareira. Todas aquelas roupas esvoaçantes e barulhos de adornos e instrumentos antes nunca ouvido era envolvente até localizar as duas cabeleiras loiras e acenar, tentando chamar a atenção para si, ouvindo a gargalhada felizes delas e isso aquecendo seu coração protetor. É, Gingerbread, somos só nós dois, Liruru, no meio de tanta gente. Vem, vamos lá até elas.
Antonescu e Flannagáin, eram sobrenomes que conhecia bem mas não tivera muito contato, o porquê nem mesmo se lembrava, mas lhe fora dada uma chance de conhecer melhor e dada a receptividade de todos ali, talvez pudessem se dar todos bem. ”Por Merlin, sem nenhuma surpresa hoje, sem nenhuma morte ou algo burocrático demais…” pensou aflito consigo mesmo enquanto respeitosamente cumprimentava a todos que ali estavam. Prazer, Benjamin Malfoy, obrigado por nos receberem tão bem. E como quem aproveitava a deixa, Gingerbread miou, colocando a cabeça para fora do suéter que usava, visivelmente feliz por não estar sozinho e estar com mais gente para lhe acariciar - o gato era amante de carinhos, talvez pelos anos em que estivera abandonado na rua. E esse é o Gingerbread. Feliz Natal. E ele miou, como quem cumprimentasse também, esfregando o focinho contra o pescoço do homem.
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
XMas à la tradition gitane |
Não havia nem se dado conta de como o ano havia passado rápido, e de repente, já estavam em dezembro, às vésperas de Natal. Aquele ano havia sido tão conturbado quanto a história trouxa e bruxesca haviam sido marcadas pelos anos 20. Parte de si ainda ficava assustada quando se lembrava da acusação de assassinato, mesmo Maise Lovegood não estando à frente do processo e sim Aidriam, não se reconfortava. Nunca mais haviam se falado praticamente e estava tudo bem, ele só se angustiava com o fato de não ter ainda resposta de quem havia cometido aquele assassinato. Ele sabia que não era ele, e a certeza que algum perigo estava à margem de todos eles era aterrorizante.
”Assim como você pode ser esse assassino, meu querido” - A voz feminina ressoou como um sibilo maldoso em sua mente, a risada fria e cruel como uma navalha de gelo parecendo cortar o meio de sua mente. ”Mesmo seus amigos, eles não acreditam em você, eles não…” A voz se calou assim que o efeito da medicação que havia tomado pouco antes fez efeito, sorrindo para si mesmo. Ninguém estragaria seu dia naquele fim de ano. Não mesmo. Então assim que ouviu novamente o chamado de Ben, desceu seguido de Dom - que estava incrivelmente lindo no suéter que havia presenteado com um cartão escrito "não é por que você é um lobisomem que não posso tratar como um cachorrinho fofo que eu amo" e assim, adentraram o carro com Ben motorista, Luthianna no banco à frente deles e Dom ia consigo no banco logo atrás das meninas, tão bem confortáveis que não tinha como não amar magia por aquilo.
Assim que desceram do carro, abraçou o maior pela cintura e se afastou conversando, conferindo com o namorado se haviam trazido o essencial para ambos - suas medicações não poderiam ser esquecidas e ele tinha total ciência que não queria causar nenhum transtorno naquela véspera do primeiro natal que dividiria com Dominic. Eu te amo, e você ficou ótimo nesse suéter. Mas… Cadê todos? Perguntou ao se dar conta que não estavam mais próximos a ninguém, embora os festejantes estivessem ali perto, e com um sorriso brincalhão nos lábios segurou as mãos do maior e o puxou para a roda de dança próxima. Não sabia os passos, mas havia aprendido a fazer uma deliciosa caipirinha com os limões que a vida dava. Ou uma deliciosa torta doce.
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
merry christmas
or not
Minha vida nunca esteve tão nos eixos como agora e mesmo assim, ainda insisto em me sabotar dizendo precisar de mais, mas é sempre assim; com o aproximar da lua cheia tudo se intensifica e controlar meus sentimentos é uma tarefa quase impossível. O dia amanheceu e a primeira coisa que vi foi Nicholas agarrado em meu corpo, aconchegado em meu braço, dormindo tranquilamente. Eu sorri e me aproximei para selar seus lábios, mas sua testa quem recebeu o beijo antes de eu me levantar com cuidado, me afastando da cama e caminhando até o banheiro. Me olhar no espelho em dias que antecedem a lua cheia se tornou um ritual, para observar essa casca que esconde o monstro que sou; a maldição que meu nome carrega.
Passamos o dia juntos no quarto e por fim chegou a hora de nos preparar para a tal festa dos Flannagáins e Antonescus. Véspera de natal e esse, diferente dos outros, passarei rodeado pela família que a vida me deu, mas estranhamente ainda não me sinto parte dela. Os Malfoy me abraçaram de uma forma única, mas não pertenço ao mundo deles; roupas de primeira linha, encontros com figuras importantes, mesa farta com pratos que nem mesmo nome eu sei e todas as regalias que o nome possa trazer? Não preenchem esse vazio que sempre esteve comigo.
Nicholas é sem sombra de dúvidas uma das melhores coisas que já me aconteceu, mas nossos mundos não se encaixam. Tal como os Malfoy, os Delacour também desfrutam de enormes privilégios e particularmente hoje isso me incomodou um pouco. Enquanto uns tiveram tanto, outros como eu passaram por todo o inferno e crueldade que o mundo tem para oferecer. Quantos foram os natais em que eu só desejava uma manta para me cobrir e sobreviver até a manhã seguinte, ou, em que revirava as sobras da mansão Malfoy por mentir pra eles sobre ter onde morar - não era apenas orgulho; o problema era me torturar com todo o amor que existia entre eles é que eu jamais conheceria.
Tentei parecer normal e fui surpreendido com o sorriso do loiro ao me presentear com um suéter lindo, que vesti de imediato. A lã espessa e escura com uma estampa perfeita de um buldogue francês sobre a frase de feliz natal. Havia também um cartão e eu deveria tê-lo lido em outra hora, pois quando terminei meus dedos se apertaram contra o mesmo e o guardei no canto da escrivaninha. “não é por que você é um lobisomem que não posso tratar como um cachorrinho fofo que eu amo”. — Nossa, eu… obrigado, Nich. Adorei, mas não havíamos combinado em não trocar presentes? Eu não comprei nada, que merda. Eu… sou um desastre. — praguejei antes de Ben chegar e nos arrastar para a tal festa.
Mesmo durante o caminho as palavras no cartão não saíram da minha cabeça. Lembranças do inferno que vivi em Hogwarts devido a minha maldição - que mesmo sem terem certeza de que eu era um lobisomem me acusavam sem pensar duas vezes - , com apelidos e comentários que me levavam a sempre ser o excluído, o último a ser escolhido nas brincadeiras e sempre alvo de piadinhas sobre mau cheiro ou pedidos para buscar uma bola. Estávamos de mãos dadas e ele inocentemente despertou um gatilho que no dia de hoje não estou conseguindo lidar, por isso soltei a sua mão e busquei a primeira desculpa para me afastar um pouco para buscar um pouco de ar fresco. — Eu vou pegar uma bebida pra gente. — depositei um beijo na bochecha do loiro e me embrenhei por entre a multidão antes mesmo que ele pudesse me segurar ou alguém questionar minha decisão.
Mesmo convidado pelos Malfoy e aceito pelos anfitriões da festa os olhares não se desprenderam de mim. Meus passos silenciosos me permitiam ouvir os sussurros inconformados com minha presença; “o que ele faz aqui?”, “malditos Greyback! Andando livremente depois de todo terror que espalharam” e tantos outros que decidi ignorar para não estragar a festa de todo mundo ou dar mais motivos para ser odiado. Boatos que geram preconceitos e me impedem de mostrar quem eu sou. Só vêem a pele do lobo, mas esquecem que existe um homem dentro dela que já foi um jovem e um garotinho assustado.
Esperei as pessoas se afastarem da mesa e me aproximei para servir nossas bebidas. Não havia percebido, mas ainda estava com o suéter, em frente ao abdômen, amassado por entre os dedos. O gesto inocente do loiro, carregado de boas intenções, seria perfeito para qualquer pessoa, mas aquele bilhete só piorou ainda mais a bagunça em minha cabeça. Me chamar de cachorrinho, mesmo sabendo de todo trauma que enfrentei, não havia sido uma boa escolha.
Precisei de outro copo, pois esmaguei um com a fúria que crescia dentro do meu peito, devido a todos os comentários somados com o “gesto” singelo de Nich.
Desde a chegada de Daniel tudo estava mais confuso e mesmo respeitando meu relacionamento com Nicholas, seria hipocrisia da minha parte dizer que não o desejava. Mas me segurei. Me contive por saber que ele não merecia passar por isso, não de novo. Danny me entende, me aceita do jeito que sou e, por ter presenciado toda a perseguição que tive na infância, sabe contornar todos os meus gatilhos. Estar com ele é fácil. Somos “parecidos diferentes” e nossa conexão foi construída, muito bem fundada e hoje tê-lo de volta me faz desejar voltar no tempo e ter ido atrás dele para dizer a falta que ele me faz.
Nicholas é compreensivo, mas é um campo minado. Sensível e completamente influenciável pelas tradições impecáveis dos Delacour. É cômodo estar com ele, pois dá certo. Ele moveria céus e terras por mim, mas jamais pertenceriámos ao mesmo mundo; meu coração jamais será dele por completo e ele não merece metades. Somos duas bombas-relógio prestes a explodir e aquele que for primeiro, destruirá o outro. Com Daniel as coisas são fáceis, mas há aventura. Não sei o que esperar dele, mas sei que ele abriria mão de tudo para recuperar o tempo que perdemos - será? Mesmo não tendo certeza de como as coisas entre nós serão, tenho certeza que com Nich não fluiria mais. Foi bom, foi incrível, mas não é pra ser. Não com Daniel vivo, do meu lado, me olhando nos olhos todos os dias e engolindo tudo que tem pra me falar, mas prefere guardar em respeito ao meu relacionamento. Eu não sei se ficaríamos juntos se estivesse sozinho, mas eu quero arriscar. Estou nessa festa e meu pensamento não se afasta do abraço dele. Há cem vozes ao meu redor, mas é a dele que preenche meus ouvidos e sua imagem que é desenhada em minha cabeça. — Eu… — sussurrei deixando os copos caírem e apressando meus passos voltei a Nicholas, que ainda estava parado no mesmo lugar que deixei.
O tomei pela mão, sem dizer uma palavra, e o puxei delicadamente comigo para uma parte mais isolada da festa, mas não longe o bastante por medo de sua reação. Já há um monstro barulhento dentro de mim e as mil vozes na cabeça dele me assustam muito mais que o lobo.
Já distantes me afastei, dando as costas para ele, caminhando de um lado para o outro apertando o crânio com ambas as mãos. — Nicholas. Me desculpa, mas não dá. — Relutei em prosseguir, mas os olhos dele me diziam que já não havia mais como voltar atrás. — Obrigado pelo suéter, mas eu não posso aceitar. Eu não sou um cachorrinho fofinho. Eu não sou um pet. Você deveria saber disso. — Parei com as costas viradas para ele, respirei fundo e hesitei mais uma vez em prosseguir. — Nossos mundos não se encaixam e não importa o quanto você tente; me sinto mal por isso, mas não posso continuar assim. Existe uma pendência na minha vida que precisa ser resolvida e enquanto eu não tiver a certeza que ela foi finalizada, jamais serei de outra pessoa. Da… Daniel foi o primeiro amor da minha vida e você a primeira pessoa depois dele. Eu estou confuso; uma metade e você não merece isso. Tenho tantos problemas. Estou tão sobrecarregado que não consigo mais lidar com os seus fantasmas. Você é incrível e merece alguém incrível, mas esse alguém não sou eu. Nunca fui. Eu… sinto muito, Nicholas. Mas não vou me permitir ser adestrado. Não preciso me mudar pra ser aceito. Não preciso provar que não sou como meu antepassado para me encaixar em alguma família. Nasci sozinho, cresci sozinho… e quem eu sou, me trouxe até aqui e infelizmente não vai me levar para onde você está destinado a ir. — Me aproximei para depositar um selo em sua testa e sussurrei mais uma vez um pedido de desculpas, deixando o suéter em suas mãos. — Fica bem. — dei as costas mais uma vez e rumei para fora da festa com a chave de portal na mão, pronto para voltar para Londres.
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
A hora das bruxas se aproximava, e com isso os convidados começavam a se aprumar ajoelhados ou sentados de pernas cruzadas às pontas da extensa toalha estendida ao chão de terra batida. Meus olhos desciam automaticamente para os pernis assados e quase sentia a baba me escorrendo pelo canto da boca; minhas faces estavam rosadas depois de tantas danças, meus pés descalços manchados de terra, minhas madeixas como ninho de fiuum e minha alma vibrava com a mais pura alegria. Céus, fazia tanto tempo que não me sentia daquele jeito. Pigarreando, alcancei uma taça e o primeiro talher que consegui avistar, erguendo-os no ar e batendo levemente em tentativa de cessar brevemente os burburinhos animados que enchiam o ar com o tilintar.
— Crăciun fericit tuturor! Feliz natal a todos! — o silêncio se fez presente, restando apenas o som do crepitar da grande fogueira, da ventania gelada assobiando nos limites do feitiço protetivo e dos sorrisos estampados que diziam mais que mil palavras. Olhando ao redor, percebi que estava rodeada das melhores pessoas do mundo, e não estou nem sendo humilde. Meu coração se aqueceu, e as próximas palavras saíram num tom um pouco mais embargado, que para meio entendedor já bastava — Antes de iniciarmos a ceia, gostaria que fizéssemos nossos agradecimentos pelo ano que passou. — mais um pigarro, e inconscientemente apertava a mão de Ginny entre o pequeno espaço que separava nossos corpos. Não era boa com as palavras, mas se tem algo que a carreira de quadribol me ensinou, ou na verdade suas consequências, era lidar com público. Então eu tentei — Sou muito agradecida por ter comida à mesa todos os dias, por ter saúde e mais que tudo sou muito agradecida por estar viva, por poder estar aqui hoje, rodeada de pessoas maravilhosas. — lancei um olhar breve para a ruiva ao meu lado, passando para meus primos e meus amigos rapidamente, como uma mensagem implícita, um bilhete de sexta série que podia não ter muito escrito, mas dizia muito — Foi um ano difícil para a comunidade bruxa, eu sei, e é por isso que precisamos relembrar os momentos bons, pois são neles a que devemos nos agarrar. Então, obrigada, Mãe Natureza, e a todos vocês, obrigada por fazerem parte da minha vida.
A tensão em meus ombros se esvaiu incrivelmente rápido enquanto eu passava a palavra a outra pessoa, estimulando-os a erguerem sua voz. Podia parecer bobo, mas era muito, muito importante nos unirmos naquele momento, usarmos nossa voz, palavras tinham tanto poder, e que momento melhor pra manifestar essa esperança aos céus infinitos do que o natal?
Me servi de um pouco de vinho e afastei os fios que insistiam em grudar no meu rosto quente e úmido, se de esforço ou vergonha já não sei mais, mas agora seria de uma moderada embriaguez e muita, ô, muita fartura!
Re: XX — ohana [RP ABERTA]
Andthere we go again living it |
Há quem diga que tudo acontece do jeito que necessita acontecer e que ninguém entra por acaso nem sai de nossas vidas sem propósito, mas não há preparo, nunca sabemos quanto tempo teremos em relação a esses "infinitos". A maior necessidade que parecia mover grande parte das pessoas era a busca "por sua alma gêmea", aquele que te suplementa e te faz sentir como se pudesse passar por todas as adversidades de cabeça erguida como se nada pudesse derrubar, mas naquele dia, Nicholas sentiu pela segunda vez o gosto amargo subir em sua garganta enquanto a mesma parecia se fechar enquanto ouvia tudo o que lhe era dito pelo outro.
Expectativas eram apenas outras formas de se matar lentamente e de forma tão dolorosa ao serem quebradas que fazia o loiro sentir a pressão do mundo contra seus ombros e sua cabeça. Mesmo após sentir o selo em sua testa, tentou fazer o outro o ouvir mas nem isso lhe fora permitido, quando tentou correr atrás, ele já havia sido levado pela chave de portal.
Tudo até aquele momento pareceu ter levado meros segundos a acontecer, da chegada ao local da festa até o retorno do mesmo com as bebidas, vinha percebendo alguns dias atrás uma inquietação e algo que não sabia decifrar ou entender provinda de Dom mas quando o viu retornar, o loiro sabia o quê estava por vir. Eram os olhos que ele já havia encontrado tantas vezes em Aidrian ao mesmo tempo que também pareciam os próprios comentários em sua cabeça tomando vida. E ele soube o porque ao menos dessa vez. E enquanto cada palavra proferida por Dominic era dita, mais ele sentia o mundo ruindo, mais ele sentia toda a confiança em si mesmo e todo aquele bem-estar e porto-seguro se desfazendo. Pedra por pedra. Vidro por vidro. E não ter a chance de falar algo era a pior parte.
Eu nunca quis te por como um cachorro adestrado ou como um pet, eu nunca quis despertar um gatilho em você. - Ele falou olhando para o nada enquanto as lágrimas escorriam seu rosto e o mundo parecia esfriar em seu entorno. - Você está tão quebrado por dentro que insiste em apenas ver as diferenças que há entre nós. - ele cerrou o punho, as vozes começavam a sussurrar tão venenosas quanto as vezes que Marvel se referia como chernoboy, a visão ficando levemente turva embora ele tentasse não repetir o que havia feito no Festival da Paz. A história se repetia, sempre havia ouvido que a vida era uma peça de teatro e que ele era o autor dela, mas havia também o conceito de um ser religioso que parecia ditar as regras conforme seu bel-prazer e mesmo existindo o livre arbítrio, "era a vontade Dele". Ele parecia ser capaz de ouvir os risos ao longe se ampliando em sua mente enquanto a cabeça pesava e apertava as mãos contra ela. - Eu nunca pedi que mudasse, eu nunca pedi que você se preocupasse em me presentear, eu nunca pedi para você ser o que não fosse, apenas que se livrasse desses pensamentos por que eu estaria com você para tudo, e nunca tive medo de passar as noites de lua cheia ao teu lado e nunca me importei de fazer as poções para manter você em sua mente quando se transformasse. A frase era apenas para se referenciar que só te temiam por que não conheciam a pessoa fofa que você é.
O silêncio era esmagador, todo o clima natalino havia acabado e quando por fim se ajeitou, voltou para junto de Benjamin e os outros, evitando olhar para todos. Dominic era livre e fora um erro Nicholas acabar se apoiando tanto nele, acabando por fim tendo a certeza que o problema na vida das pessoas era ele. Sempre seria ele.
- Mil perdões, por tudo. Eu estou voltando pra mansão, vou pegar minhas coisas e estou voltando para o Caldeirão Furado. Acho que claramente meu lugar não é aqui, mas verdadeiramente, obrigado por toda hospitalidade e por todos esses meses. - Sussurrou por fim para Benjamin e Brianna antes de com um meio sorriso triste, se despedir a distância dos anfitriões e voltar para a floresta, onde desaparatou para a Mansão.
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