Arkane Sibley Riddle

Arkane claramente é fruto de uma árvore podre, que há eras sucumbira perante as desgraças da vida e incapaz de fazer germinar qualquer fruta. Portanto, o garoto é filho de uma demente em coma e de um homem estuprador e vil. Os Sibley, que carinhosamente contavam a origem desgraçada do rapaz, faziam questão de não poupar detalhe algum, inclusive relembrando sempre que possível que ele só estava vivo devido a bondade do coveiro. Ora, ninguém percebeu que aquele bebê estava vivo? Ou isso ou, por ver a ascendência daquela peste, notaram com ânimos baixos que ele poderia vir a ser uma peste que destruiria toda uma colheita feliz e próspera (criada com muitas décadas de suplício).

O rapaz teve de aprender sobre tudo aquilo que envolvia seu avô, sobre como os ideais de supremacia precisavam serem conservados e, em uma inocente tentativa de encaixar-se, por algum tempo, o pequeno bruxo se afeiçoou àqueles ideais. À medida que o tempo passava, Arkane criava raízes sombrias em seu coração puro, e entre balançar sua varinha praticando feitiços até desmaiar de cansaço, o garoto passou a se cansar. Quando as cartas de Hogwarts vieram, o casal de britânicos, com gritos de ódio, rasgaram-na, proferindo que aquele local jamais seria bom, que ele jamais seria adequado. Arkane queria saber onde haveriam outros como ele, afinal, que criança bruxa nunca quis associar-se a outros amigos estranhos como ele?

Mas tudo mudou quando Mary, sua mãe adotiva, morrera em seus braços. Era um dia de inverno, fazia frio e o garoto estava descalço. Seu pai queria ensiná-lo um dos feitiços proibidos, e, tentando impedi-lo, Mary se pôs na frente do garoto, morrendo instantaneamente e provando que, mesmo louca e potencialmente perigosa, ela ainda o amava (sendo o mais próximo que o garoto teve como mãe). O homem sequer se importou. Naquela mesma noite, bruxos vieram ao encontro do garoto que rejeitou a escola de magia e, ao encontrarem uma mulher morta e um bruxo espancando uma criança, não tardaram em salvar Arkane e levá-lo para Hogwarts. Desde aquele dia Arkane jamais viu seu pai,Magnus.

O chapéu seletor o pôs na Sonserina, lugar onde Arkane aprendeu a lidar com seus demônios interiores ao liberá-los em seus inimigos, esmagando-os com uma precisão absurdamente brilhante. O garoto era bom com poções, assim como nas matérias de astronomia e artes das trevas. Ele era um prodígio, deveras, até que decidira entrar para os Aurores no intuito de desvencilhar-se daquele passado sombrio seu. Quem sabe, fazendo o bem, o rapaz acabasse criando afeto com alguém? Ou, quem sabe, ele não encontrasse o seu gêmeo perdido, que ele sempre ouvira falar dos pais, mas jamais pôde encontrar?