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XXX [RP FECHADA] - Problems with mood
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XXX [RP FECHADA] - Problems with mood
Abertura de Turno
Local: Quarto da Astrid localizado no Caldeirão Furado
Horário: 22:50
Clima: É uma noite fria e com muitas nuvens. É provável que chova mais tarde.
Com: Owen Longbottom
Descrição: O quarto-apartamento de Astrid reflete bastante sobre ela: É rústico, mais ou menos organizado para uma casa com um gato e possuí móveis antigos de família misturados com algo mais moderno.
Classificação: XXX
Astrid Briene Longbottom
Shopkeeper
Mensagens :
34
Re: XXX [RP FECHADA] - Problems with mood
oh no |
Algumas pessoas diriam que Astrid caça confusões por prazer. Mas a verdade é que ela não consegue se conter em algumas situações, mesmo que ela tenha aprendido algumas poucas técnicas terapêuticas ao longo do tempo. Ela até tenta manter-se fora, na margem, ignorando, fazendo o papel responsável que lhe convém, apertando as unhas nas palmas das mãos até que figuras em formato meia-lua surjam, enquanto seu cérebro tenta pensar em algo que não seja a fervente irritação.
E então se passam três segundos e ela vê vermelho, elevando a voz. Em pouco tempo, estará gritando, como uma chaleira em ebulição. Em minutos, se estiver se encaminhando pra isto, está partindo pra cima do confronto. Não tem como terminar bem em todas as vezes que isso acontece, e então ela acaba em uma delegacia, em um hospital ou em casa, com gelo nos punhos e arrependimento no peito. Essa é uma dessas vezes. E Astrid está tão, tão fodida. Ela não pode arrumar desculpas, a clássica aconteceu no treino, não dessa vez. É perceptível pela gravidade inflamada do vermelho no seu olho esquerdo, as manchas arroxeadas, lilases e amarelas pela bochecha e têmporas e o leve inchaço nos nós dos dedos.
Este é um dia ruim.
Uma mulher adulta com problemas de raiva, nervosa como quando era pega na detenção após ficar na enfermaria ou mandar alguém pra lá em Hogwarts (ou responder inadequadamente um professor, colega, criatura ou quadro do lugar em dias em que sua centelha de fogo parecia lhe dar dor de cabeça). A Longottom mais velha sabe que cuida mais do seu irmão do que tudo e lhe oferece muitas broncas, e, apesar do contrário ser sempre raro, acontece. E ela não gosta de jeito nenhum de estar na posição de culpada. E Merlin lhe ajude, ela tem um namorado, mais alguém para se preocupar com seus surtos na rua. Ela tenta fazer o que faz de melhor: lidar com isso com indiferença. Fingir que seu rosto está limpo. Fingir que seu corpo não está moído. Fingindo que o que fez não foi perigoso. Fingindo que está tudo bem não procurar um psicólogo novamente - porque não é um maldito problema, e está ocorrendo com menos freqüência.
Mas é. Mesmo que esteja diminuindo, continua sendo um.
Mordendo o lábio com força a ponto de sentir o gosto metálico do sangue, Astrid abre a porta principal do Caldeirão, soltando um suspiro audível de alívio ao esquadrinhar a área e notar uma quantidade minúscula de clientes que parecem não notar sua presença. Owen não está à vista, é seguro caminhar de forma rápida até seu próprio quarto e tratar dos ferimentos. Na manhã seguinte a maquiagem fará o seu melhor para esconder as marcas, assim como o tempo frio. Ela mentirá dizendo que chegou tarde da casa de Marcus, e tudo ficará bem. Seu cérebro fervilhava em pensamentos enquanto ela subia as escadas, assegurando-se do total funcionamento do seu plano. Até agora, parecia ótimo.
-Puta que par... Olá, senhora Denvers, como vai? – Astrid contém o susto, sorrindo forçadamente pra mulher idosa, baixinha e, graças a Merlin (mesmo que isso soe estranho) com problemas graves de visão a sua frente.
- Apenas procurando um chá noturno, querida. Você parece ótima. - A vovozinha toca no braço da Longbottom com um pouco de força para uma idosa tão frágil, fazendo-a conter um gemido de dor.
Sim, estou tão ótima quanto alguém que foi atropelado umas cinco vezes pelo Noitibus. Muita gentileza de sua parte notar, a Longbottom pensou de forma brusca, arrependendo-se logo após. Era uma velhinha adorável e gentil, não tinha culpa dela estar em um dia péssimo.
- Obrigada. Por favor, continue. - Astrid acena para algum lugar atrás de si, e depois continua a caminhar até a porta do seu quarto, atrapalhando-se com as chaves, que caíram no chão cerca de três vezes.
Ela entrou, gemendo um pouco de dor e alívio, escorando-se na porta atrás de si com os olhos fechados. Havia se livrado de muita burocracia sentimental, e isso era a maior vitória do dia depois do ocorrido. A bruxa demora para notar que as luzes já estavam acesas e que a porta não precisou necessariamente de chaves pra ser aberta. Ela também demorou a notar a figura grande de seu irmão no sofá, encarando-a com alguma coisa entre o choque, preocupação e uma carranca zangada.
- Cacete. - Murmurou para si, tampando os olhos com as mãos, sabendo que agora teria que revirar tudo que aconteceu. – Hey, Ows. Errou a porta? – Jogou a chave em cima da mesa de centro, sentando-se com dificuldade na poltrona, fazendo uma careta com a pressão em suas falanges. – Você não devia estar dormindo?
E então se passam três segundos e ela vê vermelho, elevando a voz. Em pouco tempo, estará gritando, como uma chaleira em ebulição. Em minutos, se estiver se encaminhando pra isto, está partindo pra cima do confronto. Não tem como terminar bem em todas as vezes que isso acontece, e então ela acaba em uma delegacia, em um hospital ou em casa, com gelo nos punhos e arrependimento no peito. Essa é uma dessas vezes. E Astrid está tão, tão fodida. Ela não pode arrumar desculpas, a clássica aconteceu no treino, não dessa vez. É perceptível pela gravidade inflamada do vermelho no seu olho esquerdo, as manchas arroxeadas, lilases e amarelas pela bochecha e têmporas e o leve inchaço nos nós dos dedos.
Este é um dia ruim.
Uma mulher adulta com problemas de raiva, nervosa como quando era pega na detenção após ficar na enfermaria ou mandar alguém pra lá em Hogwarts (ou responder inadequadamente um professor, colega, criatura ou quadro do lugar em dias em que sua centelha de fogo parecia lhe dar dor de cabeça). A Longottom mais velha sabe que cuida mais do seu irmão do que tudo e lhe oferece muitas broncas, e, apesar do contrário ser sempre raro, acontece. E ela não gosta de jeito nenhum de estar na posição de culpada. E Merlin lhe ajude, ela tem um namorado, mais alguém para se preocupar com seus surtos na rua. Ela tenta fazer o que faz de melhor: lidar com isso com indiferença. Fingir que seu rosto está limpo. Fingir que seu corpo não está moído. Fingindo que o que fez não foi perigoso. Fingindo que está tudo bem não procurar um psicólogo novamente - porque não é um maldito problema, e está ocorrendo com menos freqüência.
Mas é. Mesmo que esteja diminuindo, continua sendo um.
Mordendo o lábio com força a ponto de sentir o gosto metálico do sangue, Astrid abre a porta principal do Caldeirão, soltando um suspiro audível de alívio ao esquadrinhar a área e notar uma quantidade minúscula de clientes que parecem não notar sua presença. Owen não está à vista, é seguro caminhar de forma rápida até seu próprio quarto e tratar dos ferimentos. Na manhã seguinte a maquiagem fará o seu melhor para esconder as marcas, assim como o tempo frio. Ela mentirá dizendo que chegou tarde da casa de Marcus, e tudo ficará bem. Seu cérebro fervilhava em pensamentos enquanto ela subia as escadas, assegurando-se do total funcionamento do seu plano. Até agora, parecia ótimo.
-Puta que par... Olá, senhora Denvers, como vai? – Astrid contém o susto, sorrindo forçadamente pra mulher idosa, baixinha e, graças a Merlin (mesmo que isso soe estranho) com problemas graves de visão a sua frente.
- Apenas procurando um chá noturno, querida. Você parece ótima. - A vovozinha toca no braço da Longbottom com um pouco de força para uma idosa tão frágil, fazendo-a conter um gemido de dor.
Sim, estou tão ótima quanto alguém que foi atropelado umas cinco vezes pelo Noitibus. Muita gentileza de sua parte notar, a Longbottom pensou de forma brusca, arrependendo-se logo após. Era uma velhinha adorável e gentil, não tinha culpa dela estar em um dia péssimo.
- Obrigada. Por favor, continue. - Astrid acena para algum lugar atrás de si, e depois continua a caminhar até a porta do seu quarto, atrapalhando-se com as chaves, que caíram no chão cerca de três vezes.
Ela entrou, gemendo um pouco de dor e alívio, escorando-se na porta atrás de si com os olhos fechados. Havia se livrado de muita burocracia sentimental, e isso era a maior vitória do dia depois do ocorrido. A bruxa demora para notar que as luzes já estavam acesas e que a porta não precisou necessariamente de chaves pra ser aberta. Ela também demorou a notar a figura grande de seu irmão no sofá, encarando-a com alguma coisa entre o choque, preocupação e uma carranca zangada.
- Cacete. - Murmurou para si, tampando os olhos com as mãos, sabendo que agora teria que revirar tudo que aconteceu. – Hey, Ows. Errou a porta? – Jogou a chave em cima da mesa de centro, sentando-se com dificuldade na poltrona, fazendo uma careta com a pressão em suas falanges. – Você não devia estar dormindo?
∆ LYL - FG |
Astrid Briene Longbottom
Shopkeeper
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34
Re: XXX [RP FECHADA] - Problems with mood
[ltr]
Canela e Bob latiam animados um para o outro, latiam e rodopiavam como se brincassem de "você não me pega" "há-haha!" o que era verdade, afinal um era uma pintura na parede e o outro uma pelúcia enfeitiçada para agir como um crupe - um tanto molinho no entanto, mas isso a tornava aos olhos de Owen ainda mais adorável. Owen enquanto observava a dupla rindo da situação estava alimentando as planilhas de controle de bebidas e demais itens do bar. Já que a memória de Owen não o ajudava muito Astrid bolara uma forma para as coisas funcionarem, por fim ela mesma perdera a paciência com tudo aquilo, mas Owen continuou usando. Gostava de se sentir autossuficiente - o que era raro se sentir - acabara criando uma rotina de atualizar aquela coisa toda antes do almoço - mas normalmente só fazia mesmo no meio da tarde, depois de quebrar a cabeça do porque o lembrol estava vermelho
Pronto, assim que a planilha estava concluída ele baixou a tampa do notebook e jogou para a extremidade da cama, então esbarrou com aquela ideia de novo, comprar um barril para servir o famigerado Firewhisky. Faria uma boa ambientação e até poderiam comprar um de qualidade um pouco superior mantendo o preço - ok, na verdade Owen queria mesmo é a facilidade de servir as trocentas doses da bebida que eram pedidas todo santo dia sem ficar procurando garrafa, tirando o feitiço de proteção... Serve... Tira feitiço... Serve... OK CHEGA!
Ele consultou o relógio e viu que a aquela hora Astrid estaria terminando o treino e provavelmente bem longe do celular, mandou uma mensagem pedindo para falar com ela assim que desse - como ele não esperava ser respondido em menos de duas horas, fora tomar um banho gelado para em seguida assistir o novo episódio de "Dragões de Manhattan" e se nada - nem uma visão maluca aparecesse - o plano era não colocar o pé para fora do quarto até a sua hora de ir para o salão do Caldeirão.
Três horas mais tarde, e nada de Astrid responder. Owen ficou levemente preocupado, ASTRID NUNCA DEIXAVA de responde-lo. Isso porque por diversas vezes ele entrava em visões quando estava na rua e quando acordava já não tinha a menor ideia de onde estava ou como foi parar lá.
"Ok, sem pânico... Ela deve estar com o Marcus." ele repita para si - então caiu em uma visão aleatória com crianças jogando uno- talvez Marcus tenha aparecido no treino - coisa que ele estava acostumando a fazer então Astrid deveria estar conversando e distraída demais para dar atenção ao celular, além do mais. Ela sabia que ele não estava com humor para sair do caldeirão.
Quase cinco horas depois e Owen teve que acudir uma briga entre hospedes, aparentemente um grupo de jogadores de xadrez bruxo estava furioso pois os hospedes do quarto ao lado tinham crianças que .. Bom, crianças. Choram a noite, brincam de dia... Sinceramente Owen não estava de acordo com nenhum dos inquilinos, no lugar dos jogadores teria colocado fones em alguma playlist de "lofi hip" e continuado a treinar, já quanto aos pais, eles bem que poderiam ter levado as crianças para uma das áreas comuns para gastarem a energia e assim capotarem a noite. Mas já dessa parte o pintor não tinha certeza, nunca tinha lidado com crianças.
Resolvida a bagunça. Owen procurou por seu lembrol, tinha certeza de quer esquecido de algum aviso de Astrid, mas para seu desespero, ela estava branca. Logo seria hora de descer para o salão e nada da irmã dar notícias, não dava para abrir o salão como se nada estivesse acontecendo, conhecia muito bem a irmã para saber que ela tinha um bom motivo - não necessariamente nobre, mas com certeza forte - para sumir assim. Enquanto descia as escadas para pedir para Alexandre ajuda-lo e assumir seu posto no atendimento aquele dia, não conseguia parar de imaginar onde Astrid estaria. Teria brigado na rua e parado no hospital? Talvez inflado alguma chama acidentalmente parado em uma delegacia? Ou estaria agora mesmo metida em uma briga? Ele descera as escadas mecanicamente e parou diante a uma parede tateando pela saída, tinha caído em uma visão novamente, mas dessa vez o local era escuro, como um depósito, repleto de pó, os objetos de vidro mesmo com aquela película de pó acumulado talvez por décadas emitiam um leve brilho. Eram lembranças? Pensamentos? Ele ficara curioso, mas um instinto gritava em seus ouvidos "PERIGO" ele acordará com Abgail lhe dando leves tapinhas no rosto.
A bruxa nascida-trouxa era atendente do lado trouxa do caldeirão normalmente uma ajuda abençoada a nascidos trouxas como ela, que viam pela primeira vez ao caldeirão. Ao lado dela estava Alexandre, que fizera amizade rapidamente com ela - na verdade, ele rapidamente ficava amigo de qualquer um.
- Caramba Owen, você tá com uma cara péssima. Quer que eu pegue uma esfera de gelo? - perguntou o garoto com boa intenção. Ele sempre via Owen fazendo isso quando as visões o atormentavam demais.
- Alexandre você cuida do salão hoje? -Adiantou-se Abgail - Olhe pra ele, não vai ter gelo que resolva isso hoje.
- Chama o meia-suja pra ajudar. - conseguiu falar Owen que agora massageava as têmporas, quando se estressava, ele se sentia uma tv no modo procurar canais. Tendo visões demais pra estar presente. Mas ele precisava. Não precisava de clarividência para saber que tinha que achar Astrid pra ontem. A ajuda de seus amigos do Caldeirão era mais do que bem vinda. - E muito obrigado pela ajuda - ele se segurou no corrimão da escada para se colocar de pé, deviam ter sentado ele ali em algum momento - Se não se importa, vou aceitar a pedra de gelo, desculpa te deixar sozinho no salão hoje mas... Eu realmente não posso ficar lá hoje.
Enquanto ia com Alexandre e Abgail abrir o salão bruxo e o bar trouxa pegou o celular para ligar para Marcus e ver se ele tinha alguma notícia, mas nem precisou faze-lo. Marcus havia lhe mandado mensagem quase duas horas antes perguntando sobre qual filme Astrid iria preferir ver no cinema "Fúria implacável III" ou "De novo no Egito" e não mais que dez minutos perguntara se ela estaria no treino a aquela hora. Ver que Marcus não sabia onde Astrid estava deixou Owen preocupado demais para sequer responde-lo colocou o aparelho no bolso e pegou a esfera de gelo.
- Obrigado Ale, boa sorte hoje. - ele já ia saindo - mais uma vez obrigado - gritou ele já subindo as escadas esfregando o gelo para não cair em uma visão.
Ele ODIAVA invadir o espaço de qualquer um, quanto mais o de Astrid afinal, ela sempre o respeitar muito. Mas de tempos em tempos, ambos invadiam o espaço um do outro para acudir no momento de problemas, se agora não era um, ele não sabia dizer qual seria.
Ao destrancar a porta - acredite, se vc trabalha em um hotel bruxo ou trouxa, destrancar portas é uma coisa que você vai aprender - encontrou um Leônidas na cama que ao vê-lo começou a miar. Owen quase conseguia imaginar o gato reclamando que ele não era Astrid, que não era para ele estar ali e afins... Mas ele estava interessado mesmo era em vez se Astrid deixara alguma pista de onde tinha ido, sua bolsa de treino estava ali, então certamente não adiantava ligar na academia, o pote de ração de Leônidas estava realmente vazio e ela NUNCA colocaria pouca ração se soubesse que ia demorar. Muito menos o pote de agua.
Com um pontada de terror, Owen estava quase mandando um patrono para os aurores. A profecia voltara para atormenta-lo Owen não tinha certeza se era como um presságio ou apenas uma lembrança recorrente. Ele apanhou a varinha coma mão tremula mas parou, se Astrid não estivesse na delegacia, não queria acabar fazendo a irmã parar em uma. A despeito do desespero de Owen, Leônidas tentou escalar a perna de Owen pedindo por atenção - na verdade mais por comida mesmo - o artista estava quase grato pelas garrinhas em sua perna o tirarem de uma visão de um senhor cozinhando uma sopa. Enquanto pensava no que fazer colocou ração para o gato derrubando um tanto fora do pote simplesmente que estava trêmulo.
Owen se jogou no sofá pensando no que fazer, então teve brilhante ideia de perguntar para Otto se ele tinha noticias. Pós turnê ele e Raven estavam se apresentando com certa frequência no caldeirão, talvez ele soubesse de alguma coisa e.. Se não soubesse, ele era irmão de uma auror. Talvez ela pudesse ajudar sem meter Astrid em problemas. Nos tempos de escola ela havia sido uma monitora muito justa, ela não iria encrencar Astrid, iria?
" Ela disse que ia encomendar algo especial para um banquete, não sei do que era... Depois mudamos de assunto" Felizmente Otto era veloz em responder. "mas ela não te disse onde ia?"
Owen parou pra pensar ignorando as notificações que alertavam que o amigo continuava a responde-lo. Ele sabia do banquete, parando pra pensar, Astrid era ótima com eventos e considerando como estava preocupada com a segurança de tudo ela devia estar atrás dos preparativos. Comida, segurança, bebida... Mandou uma mensagem para o fornecedor de bebidas e ele respondeu que ela tinha passado lá e com o fornecedor de serviços de lavanderia ele teve uma pista um pouco melhor mas ainda assim vaga...
"Ela estava aqui mais cedo, mas saiu daqui um pouco estressada com uns caras que chegaram causando aqui"
Ah pronto. Owen tinha quase certeza que Astrid tinha se metido em uma briga. Não seria a primeira vez, certamente não seria a ultima, mas ainda estava preocupado. Astrid não era de sumir, se sumiu. Céus ela estaria bem? Resolveu ligar para o St. Mungus. Mas o resultado foi desastroso, primeiro porque Owen estava a aquela altura tão preocupado que simplesmente parecia inepto a usar um telefone. Assim que o atenderam ele demorou alguns segundos para falar algo - simplesmente estava agindo passivamente como nas visões como se esperasse que magicamente as palavras certas saíssem de sua boca. Obviamente desligaram na cara dele. Na segunda tentativa com muito custo ele descobriu que Astrid não estava lá. Owen não sabia dizer se estava aliviado ou mais aflito, mas já estavam transferindo ele pro setor de atendimento psiquiátrico e ele desligou desesperado. Ele não diria nem mesmo a sua irmã ou a qualquer um que fosse, mas seu bicho papão era a ala psiquiátrica daquele lugar. Um medo irracional de acabar preso lá, como alguém perturbado demais pra viver.
Continuou sentado ali, apanhou o lembrou que agora estava vermelho, o que ele tinha esquecido agora? Onde Astrid estava? Enquanto a mão tremula buscava a varinha perdida no sofá ele ouviu a maçaneta girar.
O coração de Owen pulou Descompassado, Astrid entrou de olhos fechados como estivesse certa de que o quarto estaria escuro. Estava com Hematomas por todo o corpo, sérios demais para uma briga qualquer.
- Cacete - resmungou ela, ela teria xingado mais alto pelo susto mas estava surrada demais pra isso
E Owen não sabia o que sentia estava aliviado por ver a irmã viva, não presa e não na uti mas... Parecia que ia acabar precisando de uma, também estava zangado não sabia se era só com quem quer que fosse o maldito que ousara encostar nela ou com ela ou com ela mesmo. -Hey, Ows. Errou a porta?
- Deixa eu ver isso- Estava atordoado demais para falar ou para responde-la de forma melhor, então se concentrou no que importava, cuidar dela, se zangar depois, se aproximou decidido demais para ser afastado, e mesmo visivelmente zangado seu toque fora o mais gentil possível para não piorar o que já estava feio. Enrolou na tolha fofa a agora meia-bola de gelo que o mantivera presente na ultima hora, Aqueles ferimentos não eram de treino, eram golpes sujos, para atordoar e ferir. Na pele morna de Astrid, ele sentia que a esfera logo ia se derretendo, assim como o alivio de vê-la ia lhe devolvendo a fala - Eu tinha que cuidar de você, sempre juntos lembra? - O tom da voz era propositalmente entre um consolo e uma bronca, mas o medo daqueles ferimentos serem realmente sérios fez o perto do caçula apertar demais pra esbravejar. Vendo que o gelo seria pouco útil ofereceu apoio - Te ajudo até o banheiro precisa limpar isso e de uma ducha gelada pra melhorar a dor.
Cuidar primeiro, questionar depois.
Astrid tentou dizer algo em sua defesa, mas depois desistiu e o abraçou, aceitando assim o apoio do caçula, Owen precisou se envergar para apoia-la com o braço. A teria carregado mas sabia que feriria o orgulho da irmã e se negava a ser mais um babaca em seu dia. Depois foi buscar um kit de primeiros socorros no armário da família - uma porta semioculta no corredor - enquanto procurava o aplicador da poção contra inchaços e contusões pensava consigo mesmo, precisava recuperar a fala, não era só o corpo de Astrid que estava ferido, ele podia sentir isso. Pegou o que precisava a esperou pacientemente por algum sinal de vida dentro do quarto, quando achou que a irmã já teria se vestido bateu na porta.
- Posso entrar? - de dentro do quarto conseguiu ouvir um "espera aí" e alguns segundos depois Astrid abriu a porta, parecia um pouco melhor graças ao banho mas seu rosto continuava um tanto inchado, naquela hora Owen lamentou internamente que um dos médicos que haviam feito reserva tivessem remarcado as férias para o mês que vem. Esperava que pelo o menos a agua sobre a pele tivesse aliviado a dor - Está bem feio, mas já parece um pouco melhor. O que está sentido?
[/ltr]
Canela e Bob latiam animados um para o outro, latiam e rodopiavam como se brincassem de "você não me pega" "há-haha!" o que era verdade, afinal um era uma pintura na parede e o outro uma pelúcia enfeitiçada para agir como um crupe - um tanto molinho no entanto, mas isso a tornava aos olhos de Owen ainda mais adorável. Owen enquanto observava a dupla rindo da situação estava alimentando as planilhas de controle de bebidas e demais itens do bar. Já que a memória de Owen não o ajudava muito Astrid bolara uma forma para as coisas funcionarem, por fim ela mesma perdera a paciência com tudo aquilo, mas Owen continuou usando. Gostava de se sentir autossuficiente - o que era raro se sentir - acabara criando uma rotina de atualizar aquela coisa toda antes do almoço - mas normalmente só fazia mesmo no meio da tarde, depois de quebrar a cabeça do porque o lembrol estava vermelho
Pronto, assim que a planilha estava concluída ele baixou a tampa do notebook e jogou para a extremidade da cama, então esbarrou com aquela ideia de novo, comprar um barril para servir o famigerado Firewhisky. Faria uma boa ambientação e até poderiam comprar um de qualidade um pouco superior mantendo o preço - ok, na verdade Owen queria mesmo é a facilidade de servir as trocentas doses da bebida que eram pedidas todo santo dia sem ficar procurando garrafa, tirando o feitiço de proteção... Serve... Tira feitiço... Serve... OK CHEGA!
Ele consultou o relógio e viu que a aquela hora Astrid estaria terminando o treino e provavelmente bem longe do celular, mandou uma mensagem pedindo para falar com ela assim que desse - como ele não esperava ser respondido em menos de duas horas, fora tomar um banho gelado para em seguida assistir o novo episódio de "Dragões de Manhattan" e se nada - nem uma visão maluca aparecesse - o plano era não colocar o pé para fora do quarto até a sua hora de ir para o salão do Caldeirão.
Três horas mais tarde, e nada de Astrid responder. Owen ficou levemente preocupado, ASTRID NUNCA DEIXAVA de responde-lo. Isso porque por diversas vezes ele entrava em visões quando estava na rua e quando acordava já não tinha a menor ideia de onde estava ou como foi parar lá.
"Ok, sem pânico... Ela deve estar com o Marcus." ele repita para si - então caiu em uma visão aleatória com crianças jogando uno- talvez Marcus tenha aparecido no treino - coisa que ele estava acostumando a fazer então Astrid deveria estar conversando e distraída demais para dar atenção ao celular, além do mais. Ela sabia que ele não estava com humor para sair do caldeirão.
Quase cinco horas depois e Owen teve que acudir uma briga entre hospedes, aparentemente um grupo de jogadores de xadrez bruxo estava furioso pois os hospedes do quarto ao lado tinham crianças que .. Bom, crianças. Choram a noite, brincam de dia... Sinceramente Owen não estava de acordo com nenhum dos inquilinos, no lugar dos jogadores teria colocado fones em alguma playlist de "lofi hip" e continuado a treinar, já quanto aos pais, eles bem que poderiam ter levado as crianças para uma das áreas comuns para gastarem a energia e assim capotarem a noite. Mas já dessa parte o pintor não tinha certeza, nunca tinha lidado com crianças.
Resolvida a bagunça. Owen procurou por seu lembrol, tinha certeza de quer esquecido de algum aviso de Astrid, mas para seu desespero, ela estava branca. Logo seria hora de descer para o salão e nada da irmã dar notícias, não dava para abrir o salão como se nada estivesse acontecendo, conhecia muito bem a irmã para saber que ela tinha um bom motivo - não necessariamente nobre, mas com certeza forte - para sumir assim. Enquanto descia as escadas para pedir para Alexandre ajuda-lo e assumir seu posto no atendimento aquele dia, não conseguia parar de imaginar onde Astrid estaria. Teria brigado na rua e parado no hospital? Talvez inflado alguma chama acidentalmente parado em uma delegacia? Ou estaria agora mesmo metida em uma briga? Ele descera as escadas mecanicamente e parou diante a uma parede tateando pela saída, tinha caído em uma visão novamente, mas dessa vez o local era escuro, como um depósito, repleto de pó, os objetos de vidro mesmo com aquela película de pó acumulado talvez por décadas emitiam um leve brilho. Eram lembranças? Pensamentos? Ele ficara curioso, mas um instinto gritava em seus ouvidos "PERIGO" ele acordará com Abgail lhe dando leves tapinhas no rosto.
A bruxa nascida-trouxa era atendente do lado trouxa do caldeirão normalmente uma ajuda abençoada a nascidos trouxas como ela, que viam pela primeira vez ao caldeirão. Ao lado dela estava Alexandre, que fizera amizade rapidamente com ela - na verdade, ele rapidamente ficava amigo de qualquer um.
- Caramba Owen, você tá com uma cara péssima. Quer que eu pegue uma esfera de gelo? - perguntou o garoto com boa intenção. Ele sempre via Owen fazendo isso quando as visões o atormentavam demais.
- Alexandre você cuida do salão hoje? -Adiantou-se Abgail - Olhe pra ele, não vai ter gelo que resolva isso hoje.
- Chama o meia-suja pra ajudar. - conseguiu falar Owen que agora massageava as têmporas, quando se estressava, ele se sentia uma tv no modo procurar canais. Tendo visões demais pra estar presente. Mas ele precisava. Não precisava de clarividência para saber que tinha que achar Astrid pra ontem. A ajuda de seus amigos do Caldeirão era mais do que bem vinda. - E muito obrigado pela ajuda - ele se segurou no corrimão da escada para se colocar de pé, deviam ter sentado ele ali em algum momento - Se não se importa, vou aceitar a pedra de gelo, desculpa te deixar sozinho no salão hoje mas... Eu realmente não posso ficar lá hoje.
Enquanto ia com Alexandre e Abgail abrir o salão bruxo e o bar trouxa pegou o celular para ligar para Marcus e ver se ele tinha alguma notícia, mas nem precisou faze-lo. Marcus havia lhe mandado mensagem quase duas horas antes perguntando sobre qual filme Astrid iria preferir ver no cinema "Fúria implacável III" ou "De novo no Egito" e não mais que dez minutos perguntara se ela estaria no treino a aquela hora. Ver que Marcus não sabia onde Astrid estava deixou Owen preocupado demais para sequer responde-lo colocou o aparelho no bolso e pegou a esfera de gelo.
- Obrigado Ale, boa sorte hoje. - ele já ia saindo - mais uma vez obrigado - gritou ele já subindo as escadas esfregando o gelo para não cair em uma visão.
Ele ODIAVA invadir o espaço de qualquer um, quanto mais o de Astrid afinal, ela sempre o respeitar muito. Mas de tempos em tempos, ambos invadiam o espaço um do outro para acudir no momento de problemas, se agora não era um, ele não sabia dizer qual seria.
Ao destrancar a porta - acredite, se vc trabalha em um hotel bruxo ou trouxa, destrancar portas é uma coisa que você vai aprender - encontrou um Leônidas na cama que ao vê-lo começou a miar. Owen quase conseguia imaginar o gato reclamando que ele não era Astrid, que não era para ele estar ali e afins... Mas ele estava interessado mesmo era em vez se Astrid deixara alguma pista de onde tinha ido, sua bolsa de treino estava ali, então certamente não adiantava ligar na academia, o pote de ração de Leônidas estava realmente vazio e ela NUNCA colocaria pouca ração se soubesse que ia demorar. Muito menos o pote de agua.
Com um pontada de terror, Owen estava quase mandando um patrono para os aurores. A profecia voltara para atormenta-lo Owen não tinha certeza se era como um presságio ou apenas uma lembrança recorrente. Ele apanhou a varinha coma mão tremula mas parou, se Astrid não estivesse na delegacia, não queria acabar fazendo a irmã parar em uma. A despeito do desespero de Owen, Leônidas tentou escalar a perna de Owen pedindo por atenção - na verdade mais por comida mesmo - o artista estava quase grato pelas garrinhas em sua perna o tirarem de uma visão de um senhor cozinhando uma sopa. Enquanto pensava no que fazer colocou ração para o gato derrubando um tanto fora do pote simplesmente que estava trêmulo.
Owen se jogou no sofá pensando no que fazer, então teve brilhante ideia de perguntar para Otto se ele tinha noticias. Pós turnê ele e Raven estavam se apresentando com certa frequência no caldeirão, talvez ele soubesse de alguma coisa e.. Se não soubesse, ele era irmão de uma auror. Talvez ela pudesse ajudar sem meter Astrid em problemas. Nos tempos de escola ela havia sido uma monitora muito justa, ela não iria encrencar Astrid, iria?
" Ela disse que ia encomendar algo especial para um banquete, não sei do que era... Depois mudamos de assunto" Felizmente Otto era veloz em responder. "mas ela não te disse onde ia?"
Owen parou pra pensar ignorando as notificações que alertavam que o amigo continuava a responde-lo. Ele sabia do banquete, parando pra pensar, Astrid era ótima com eventos e considerando como estava preocupada com a segurança de tudo ela devia estar atrás dos preparativos. Comida, segurança, bebida... Mandou uma mensagem para o fornecedor de bebidas e ele respondeu que ela tinha passado lá e com o fornecedor de serviços de lavanderia ele teve uma pista um pouco melhor mas ainda assim vaga...
"Ela estava aqui mais cedo, mas saiu daqui um pouco estressada com uns caras que chegaram causando aqui"
Ah pronto. Owen tinha quase certeza que Astrid tinha se metido em uma briga. Não seria a primeira vez, certamente não seria a ultima, mas ainda estava preocupado. Astrid não era de sumir, se sumiu. Céus ela estaria bem? Resolveu ligar para o St. Mungus. Mas o resultado foi desastroso, primeiro porque Owen estava a aquela altura tão preocupado que simplesmente parecia inepto a usar um telefone. Assim que o atenderam ele demorou alguns segundos para falar algo - simplesmente estava agindo passivamente como nas visões como se esperasse que magicamente as palavras certas saíssem de sua boca. Obviamente desligaram na cara dele. Na segunda tentativa com muito custo ele descobriu que Astrid não estava lá. Owen não sabia dizer se estava aliviado ou mais aflito, mas já estavam transferindo ele pro setor de atendimento psiquiátrico e ele desligou desesperado. Ele não diria nem mesmo a sua irmã ou a qualquer um que fosse, mas seu bicho papão era a ala psiquiátrica daquele lugar. Um medo irracional de acabar preso lá, como alguém perturbado demais pra viver.
Continuou sentado ali, apanhou o lembrou que agora estava vermelho, o que ele tinha esquecido agora? Onde Astrid estava? Enquanto a mão tremula buscava a varinha perdida no sofá ele ouviu a maçaneta girar.
O coração de Owen pulou Descompassado, Astrid entrou de olhos fechados como estivesse certa de que o quarto estaria escuro. Estava com Hematomas por todo o corpo, sérios demais para uma briga qualquer.
- Cacete - resmungou ela, ela teria xingado mais alto pelo susto mas estava surrada demais pra isso
E Owen não sabia o que sentia estava aliviado por ver a irmã viva, não presa e não na uti mas... Parecia que ia acabar precisando de uma, também estava zangado não sabia se era só com quem quer que fosse o maldito que ousara encostar nela ou com ela ou com ela mesmo. -Hey, Ows. Errou a porta?
- Deixa eu ver isso- Estava atordoado demais para falar ou para responde-la de forma melhor, então se concentrou no que importava, cuidar dela, se zangar depois, se aproximou decidido demais para ser afastado, e mesmo visivelmente zangado seu toque fora o mais gentil possível para não piorar o que já estava feio. Enrolou na tolha fofa a agora meia-bola de gelo que o mantivera presente na ultima hora, Aqueles ferimentos não eram de treino, eram golpes sujos, para atordoar e ferir. Na pele morna de Astrid, ele sentia que a esfera logo ia se derretendo, assim como o alivio de vê-la ia lhe devolvendo a fala - Eu tinha que cuidar de você, sempre juntos lembra? - O tom da voz era propositalmente entre um consolo e uma bronca, mas o medo daqueles ferimentos serem realmente sérios fez o perto do caçula apertar demais pra esbravejar. Vendo que o gelo seria pouco útil ofereceu apoio - Te ajudo até o banheiro precisa limpar isso e de uma ducha gelada pra melhorar a dor.
Cuidar primeiro, questionar depois.
Astrid tentou dizer algo em sua defesa, mas depois desistiu e o abraçou, aceitando assim o apoio do caçula, Owen precisou se envergar para apoia-la com o braço. A teria carregado mas sabia que feriria o orgulho da irmã e se negava a ser mais um babaca em seu dia. Depois foi buscar um kit de primeiros socorros no armário da família - uma porta semioculta no corredor - enquanto procurava o aplicador da poção contra inchaços e contusões pensava consigo mesmo, precisava recuperar a fala, não era só o corpo de Astrid que estava ferido, ele podia sentir isso. Pegou o que precisava a esperou pacientemente por algum sinal de vida dentro do quarto, quando achou que a irmã já teria se vestido bateu na porta.
- Posso entrar? - de dentro do quarto conseguiu ouvir um "espera aí" e alguns segundos depois Astrid abriu a porta, parecia um pouco melhor graças ao banho mas seu rosto continuava um tanto inchado, naquela hora Owen lamentou internamente que um dos médicos que haviam feito reserva tivessem remarcado as férias para o mês que vem. Esperava que pelo o menos a agua sobre a pele tivesse aliviado a dor - Está bem feio, mas já parece um pouco melhor. O que está sentido?
– Alguém viu a Astrid? | – ??? | – O que eu ia fazer mesmo? |
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Owen Longbottom
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Re: XXX [RP FECHADA] - Problems with mood
oh no |
- Deixa eu ver isso. – Tudo na voz de Owen borbulhava de preocupação, aquilo foi quase o suficiente para fazê-la querer chorar. Ele a tocou como se tivesse medo de quebrá-la, tão atencioso como sempre foi, um contraste bruto com os toques que recebera de tarde. Owen possui uma delicadeza gentil em suas mãos, tocando tudo com cuidado, até ao segurar copos no preparo de bebidas, os pincéis enquanto pinta, o toque na pele das pessoas que ele sente confiança. Ela quase não sentia dor nos locais em que ele passava os dedos, esquadrinhando os ferimentos, vendo o dano. Ele pousou uma bolsa de gelo em sua pele, fazendo-a suspirar um pouco. – Eu tinha que cuidar de você, sempre juntos lembra?
A Longbottom fitou um ponto na parede, não conseguindo encarar seu rosto, a vergonha lhe envolvendo como um casaco pesado. Mesmo que sua voz fosse doce, ela endureceu no final. A adrenalina havia ido toda embora, o fogo nas veias tão pequeno que nem sequer poderia ser uma centelha. O que ela estava pensando? Esse foi o problema: não estava.
- Te ajudo até o banheiro, precisa limpar isso e de uma ducha gelada para melhorar a dor.
- Obrigada, Ows. Você é o melhor. Eu não... – Astrid se interrompeu, entendendo e agradecendo internamente muitas vezes por ter um irmão como Owen. Ela sabia que ele estava priorizando sua recuperação primeiro, deixando a parte complicada para depois, então ela pouparia suas palavras no momento. Isso era mais do que ela poderia pedir. Seu caçula havia crescido, e só nesses momentos ela conseguia notar que ele não era mais uma criança. O abraçou, envolvendo o braço em sua cintura para deixá-lo guiá-la até o banheiro. Despir-se era uma tarefa complicada e cheia de resmungos.
Malditos filhos da puta.
A água fria era a mesma que acolhia seu corpo depois de uma corrida, um dia agitado no caldeirão ou o treinamento de boxe na academia, mas a situação não era uma dessas típicas. Astrid encostou a testa na parede, sentindo seu corpo dolorido ser amortecido pelo temperatura intencionalmente baixa da água. Ela escorreu até o chão, envolvendo os braços nos joelhos e encarando a parede pelo que parecia ser uma eternidade. Depois de limpar-se e tirar os vestígios de suor e sangue, o cheiro pacífico do sabonete cítrico lhe envolveu. Ela se sentou na cama, e poderia ter ficado ali parada pela próximas horas se Owen não estivesse do outro lado. As batidas na porta fizeram-na pular.
- Espera aí! – Vestiu-se o mais depressa que podia com uma camisa sem mangas e um short de dormir antes de abrir a porta, enxugando os cabelos com a toalha que estava apoiada em seu ombro.
- Está bem feio, mas já parece um pouco melhor. O que está sentindo? – Owen analisou, encarando seu rosto. Astrid sentou-se na cama, notando que ele estava com o kit de primeiros socorros e algumas coisas desconhecidas que poderiam ajudar no tratamento nas mãos.
-Minhas costelas e olho esquerdo estão com dor aguda, o inchaço no rosto tá mais suportável mas acho que só quando o efeito da água fria durar...- Ela tocou o rosto como um reflexo. – O resto se resume a hematomas. Nenhum dente quebrado. Minhas mãos estão contundidas.
Owen sentou-se ao lado dela, tirando algumas coisas de dentro do kit e preparando-se para cuidar dela. Ele tinha uma expressão surpreendentemente concentrada no rosto enquanto pegava um frasco de alguma poção e colocando-a em algum tipo de conta gotas e ao mesmo tempo pegava um creme que parecia funcionar em sua bochecha, o tempo todo em silêncio, como se estivesse esperando o tempo dela para falar tudo.
- O dia estava indo bem... – Ela começou, sabendo que deveria contar uma hora ou outra. Estremeceu suavemente quando Owen pressionou sem querer a região de seu pulso, ouvindo o pedido de desculpas dele e assentindo. – Os preparativos do banquete, as entregas e pedidos do caldeirão, pura rotina. Alguns estresses com uns revendedores, mas tentando contornar a situação. Tava tentando fazer tudo o mais rápido possível... – Outro pequeno estremecimento e seus calcanhares começaram a se mexerem nervosamente. – Queria ver Marcus logo, íamos sair. Fui à lavanderia, iríamos renovar o contrato, devia durar pouco tempo, mas tinham dois caras criando atrito ali dentro. Eram de alguma outra empresa de merda, e tinham egos suficientes para todos da rua. – O olhar de Astrid endureceu e as palmas das suas mãos fecharam inevitavelmente, apesar da dor. – Eles estavam desrespeitando todo mundo da loja, de todas as formas possíveis. Estavam começando a provocar cada um, inclusive a mim. Eu perdi o controle, Owen. Perdi a porra do controle por causa disso. Depois de desistir e reagendar, saí do lugar. Eles me seguiram. A rua não fica no lugar mais movimentado do mundo, e no momento seguinte eles estavam continuando as provocações. A briga começou muito rápido, e do nada. Não consegui parar, mas os panacas eram dois. Eles não fizeram algo pior pela pressa em sair dali e não serem pegos. – A cólera subiu por seu peito, ela trincou o maxilar, tentando se concentrar na respiração. – Mas eu fiz algum estrago. Não o bastante. Deveria ter... – Deveria ter o que? Seu pensamento quase gritava de volta.
Ela odiou a amargura em sua voz. Odiou estar se mostrando assim para Owen, odiou estar falando daquilo, odiou cada pedaço estúpido desse maldito dia. Odiou ainda mais a onda violenta que saia de si. As lágrimas encheram seus olhos, tão facilmente que Astrid se culpou pela fraqueza. Como ela encararia Owen agora? Como encararia Marcus?
- Eu não devia ter provocado. Devia ter feito nada. Devia não ter dado o primeiro soco. As vezes... – Ela mordeu o lábio com força, cobrindo os olhos com uma das mãos, suspirando profundamente quando as lágrimas caíram. – As vezes eu sinto que sou a pessoa mais instável do mundo. A porra de um tornado em destruição. O que eu vou trazer pra família? Destruição. Perigo.
Levantou-se subitamente, caminhando pelo quarto, procurando os malditos cigarros de forma descontrolada, sentindo as mãos de Owen em seus ombros, sentando-a na cama com delicadeza, mas firmeza.
A Longbottom fitou um ponto na parede, não conseguindo encarar seu rosto, a vergonha lhe envolvendo como um casaco pesado. Mesmo que sua voz fosse doce, ela endureceu no final. A adrenalina havia ido toda embora, o fogo nas veias tão pequeno que nem sequer poderia ser uma centelha. O que ela estava pensando? Esse foi o problema: não estava.
- Te ajudo até o banheiro, precisa limpar isso e de uma ducha gelada para melhorar a dor.
- Obrigada, Ows. Você é o melhor. Eu não... – Astrid se interrompeu, entendendo e agradecendo internamente muitas vezes por ter um irmão como Owen. Ela sabia que ele estava priorizando sua recuperação primeiro, deixando a parte complicada para depois, então ela pouparia suas palavras no momento. Isso era mais do que ela poderia pedir. Seu caçula havia crescido, e só nesses momentos ela conseguia notar que ele não era mais uma criança. O abraçou, envolvendo o braço em sua cintura para deixá-lo guiá-la até o banheiro. Despir-se era uma tarefa complicada e cheia de resmungos.
Malditos filhos da puta.
A água fria era a mesma que acolhia seu corpo depois de uma corrida, um dia agitado no caldeirão ou o treinamento de boxe na academia, mas a situação não era uma dessas típicas. Astrid encostou a testa na parede, sentindo seu corpo dolorido ser amortecido pelo temperatura intencionalmente baixa da água. Ela escorreu até o chão, envolvendo os braços nos joelhos e encarando a parede pelo que parecia ser uma eternidade. Depois de limpar-se e tirar os vestígios de suor e sangue, o cheiro pacífico do sabonete cítrico lhe envolveu. Ela se sentou na cama, e poderia ter ficado ali parada pela próximas horas se Owen não estivesse do outro lado. As batidas na porta fizeram-na pular.
- Espera aí! – Vestiu-se o mais depressa que podia com uma camisa sem mangas e um short de dormir antes de abrir a porta, enxugando os cabelos com a toalha que estava apoiada em seu ombro.
- Está bem feio, mas já parece um pouco melhor. O que está sentindo? – Owen analisou, encarando seu rosto. Astrid sentou-se na cama, notando que ele estava com o kit de primeiros socorros e algumas coisas desconhecidas que poderiam ajudar no tratamento nas mãos.
-Minhas costelas e olho esquerdo estão com dor aguda, o inchaço no rosto tá mais suportável mas acho que só quando o efeito da água fria durar...- Ela tocou o rosto como um reflexo. – O resto se resume a hematomas. Nenhum dente quebrado. Minhas mãos estão contundidas.
Owen sentou-se ao lado dela, tirando algumas coisas de dentro do kit e preparando-se para cuidar dela. Ele tinha uma expressão surpreendentemente concentrada no rosto enquanto pegava um frasco de alguma poção e colocando-a em algum tipo de conta gotas e ao mesmo tempo pegava um creme que parecia funcionar em sua bochecha, o tempo todo em silêncio, como se estivesse esperando o tempo dela para falar tudo.
- O dia estava indo bem... – Ela começou, sabendo que deveria contar uma hora ou outra. Estremeceu suavemente quando Owen pressionou sem querer a região de seu pulso, ouvindo o pedido de desculpas dele e assentindo. – Os preparativos do banquete, as entregas e pedidos do caldeirão, pura rotina. Alguns estresses com uns revendedores, mas tentando contornar a situação. Tava tentando fazer tudo o mais rápido possível... – Outro pequeno estremecimento e seus calcanhares começaram a se mexerem nervosamente. – Queria ver Marcus logo, íamos sair. Fui à lavanderia, iríamos renovar o contrato, devia durar pouco tempo, mas tinham dois caras criando atrito ali dentro. Eram de alguma outra empresa de merda, e tinham egos suficientes para todos da rua. – O olhar de Astrid endureceu e as palmas das suas mãos fecharam inevitavelmente, apesar da dor. – Eles estavam desrespeitando todo mundo da loja, de todas as formas possíveis. Estavam começando a provocar cada um, inclusive a mim. Eu perdi o controle, Owen. Perdi a porra do controle por causa disso. Depois de desistir e reagendar, saí do lugar. Eles me seguiram. A rua não fica no lugar mais movimentado do mundo, e no momento seguinte eles estavam continuando as provocações. A briga começou muito rápido, e do nada. Não consegui parar, mas os panacas eram dois. Eles não fizeram algo pior pela pressa em sair dali e não serem pegos. – A cólera subiu por seu peito, ela trincou o maxilar, tentando se concentrar na respiração. – Mas eu fiz algum estrago. Não o bastante. Deveria ter... – Deveria ter o que? Seu pensamento quase gritava de volta.
Ela odiou a amargura em sua voz. Odiou estar se mostrando assim para Owen, odiou estar falando daquilo, odiou cada pedaço estúpido desse maldito dia. Odiou ainda mais a onda violenta que saia de si. As lágrimas encheram seus olhos, tão facilmente que Astrid se culpou pela fraqueza. Como ela encararia Owen agora? Como encararia Marcus?
- Eu não devia ter provocado. Devia ter feito nada. Devia não ter dado o primeiro soco. As vezes... – Ela mordeu o lábio com força, cobrindo os olhos com uma das mãos, suspirando profundamente quando as lágrimas caíram. – As vezes eu sinto que sou a pessoa mais instável do mundo. A porra de um tornado em destruição. O que eu vou trazer pra família? Destruição. Perigo.
Levantou-se subitamente, caminhando pelo quarto, procurando os malditos cigarros de forma descontrolada, sentindo as mãos de Owen em seus ombros, sentando-a na cama com delicadeza, mas firmeza.
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Astrid Briene Longbottom
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